Promovido pela Câmara Municipal desta vila mineira, o festival, que promete «música jazz ao mais alto nível», vai decorrer até domingo. O presidente da autarquia, José Godinho, refere que o festival pretende «diversificar os gostos musicais do público de Aljustrel, oferecendo bons espectáculos de jazz que, normalmente, só estão disponíveis em grandes centros urbanos».

A Orquestra JazzMin abre o festival esta sexta-feira, às 21:30. Segue-se a actuação dos Desbundixie, um projecto oriundo de Leiria que revive o Dixieland, um estilo jazz criado pelos escravos negros que misturavam sonoridades e ritmos dando origem a um som vibrante, confuso, alegre e desinibido, que se tornou a primeira forma conhecida de jazz. Adoptado por grandes mestres do jazz, como Louis Armstrong, Bix Beiderbeck ou Kid Ory, o Dixieland associa-se ao panorama musical dos anos 20, quando era presença constante nos clubes de dança, nas paradas e animações de rua.

No sábado, às 21:30, sobe ao palco o quarteto de Carlos Martins, considerado uma «figura cimeira» do jazz português graças ao sucesso da sua discografia e aos vários projectos inovadores que criou e que têm enriquecido a música jazz nacional.

A fechar o festival, no domingo, também às 21:30, Marta Hugon, uma das vozes da nova geração do jazz português, apresenta «Tender Trap», o seu álbum de estreia a solo, depois de ter participado nos álbuns «Música Exótica para Filmes Rádio e Televisão», dos Cool Hipnoise, e «Electric Sul», de Alexandre Camarão. O pianista Filipe Melo, o contrabaixista Bernardo Moreira e o baterista André Sousa Machado formam o trio que acompanha Marta Hugon na sua «aventura sonora» através das «relíquias» da Blue Note.

Fonte do texto e cartaz : C. M. Aljustrel

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